terça-feira, 5 de abril de 2011

Breve comentário sobre a vida em tempos de guerra.

     Eu queria tanto levar a Ana Maria Braga  a  sério. Queria achar que a “galerinha” do  Big  Brother  Brasil  é   gente  como  a gente   e só quer mostrar   o valor  desse povo bronzeado ,um  valor sem  epistemologia,sem  escrúpulo, uma qualidade  onanística nas  páginas  das revistas de masturbação.  
      Gostaria muito de achar o Luciano Huck e a Angélica pessoas legais que contribuem para a nossa sociedade distribuindo prêmios e se abstendo de vida sexual. O “Casal 20  Daqui”.
Gostaria de  achar  o Zeca  Pagodinho    um  herói  marginal  que    pensa em   cerveja.  Ele e os pagodeiros  que  curtem muito  o “samba de raiz” e  querem  resgatar   o   passado  dos  morros.
      Queria ter simpatia  pelo  Airton  Senna,pelo Guga, pelo Padre  Marcelo, pelo Chico  Xavier além de    Caetano   e  Betânia  com seus blogs milionários  e suas preocupações com  os Filhos  de Gandhi.
   A Maria Rita e a Maria  Gadú seriam Deusas da MPB.O  Pedro Bial,  que jornalista  legal que   ele é  contribuindo  para  a moçada  do BBB.A  Ana  Maria Braga (again)conversando com um papagaio  de  borracha,lirismo  puro. E o Obama? Salvação do mundo pela negritude. 
    Lembrei-me agora,  last but  not  least, da Revista Veja tão iconoclasta com  o  seu    Diogo Mainardi, um   Paulo  Francis de  chocadeira, igualzinho ao Zico,  distribuindo  informação e  inconformismo   para  a  Classe  Média.
     Mas eu não acho nada disso, acho que somos apenas números, se vale o  quanto se  produz,não   importa o que  ou por quais meios.Ninguém hoje em dia liga  para a coerência, decência,dignidade. Hoje vale mostrar  o cú  por patacas,hoje se vira  viado   ou sapatão  por  obrigação social  e não   por gostar   de  pau  ou  buceta. Hoje  vale  a pena  participar de   um  joguinho sujo    regado a   uísque, peidos  e vomito  de  empresários  e politicos,hoje  vale achar  que a dupla Fernando  e   Sorocaba  esta salvando vidas em   shows  beneficentes   enquanto  se arranca o couro  dos   empregados  e   subordinados .É  nisso que vivemos.

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