quarta-feira, 20 de abril de 2011

Revendo alguns incríveis wonder boys


O filme Garotos Incríveis de Curtis Hanson é uma dessas gemas que praticamente passaram despercebidas pelos cinemas brasileiros lá pelos idos do ano 2000, é uma pena, um filmaço que transborda cinismo, sagacidade e um punhado de emoções bastante complexas.
No filme Michael Douglas interpreta Grady Tripp, um professor de literatura maconheiro que nutre taras por suas alunas ninfetas, tem um caso com a diretora da faculdade e esta atolado no meio de um romance que não consegue terminar, Grady é também escritor de um único sucesso que o tempo começa a apagar da memória das pessoas. O filme enfoca um final de semana da vida desse professor, seu encontro com um velho amigo editor, homossexual e não menos desesperado e a participação de um jovem pupilo em meio a uma maratona de desencontros. Garotos Incríveis, baseado no excelente romance de Michael Chabon (lançado aqui pela Record) é uma história sobre a efemeridade da fama,  e como no mundo atual sempre existe alguém atrás na fila, empurrando, clamando pelo seu lugar, ou seja, como tudo e todos são descartáveis, tudo é feito para consumo fast-food, tudo estraga depressa, o mundo quer novidade. Em dado momento o personagem de Douglas desilude seu pupilo dizendo que ninguém mais se importa com os livros , que escrever é algo inútil. Por um certo viés o amargo professor esta correto.

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