sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fragmentos de uma sessão de Psicanálise com um louco

Falo sobre a paixão em época que me interesso pela vida.Procuro descobrir a cada dia uma nova maravilha que me leve a crer que essa passagem tem sentido,essa colagem de momentos de tanta felicidade e desespero, todos esses remorsos,todas essas saudades, todo o prazer que me invade nas horas mais impróprias, toda a dor que me persegue, o ar que me traz cheiro antigo,a saudade de um tempo que passou, a expectativa de um tempo que virá, a vida crua do presente que não existe.
Pessoas frívolas que desperdicio de tempo! O mundo nem a vida lhes são necessários, viver para vocês é algo corriqueiro,viver para o medíocre é um dia após o outro,viver é rotina para quem não tem vida. Tento revolucionar o entendimento agora e viver de uma vez só toda a felicidade que só me faz bem, viver como o fluxo automático de palavras que vazam do cerébro para a máquina, viver um caso de amor com as melhores fodas e os maiores carinhos, viver de maneira absolutamente sem sentido,escrever em blogs fantasmas onde ninguém coloca os olhos,pensar em o que fazer com a minha miséria, o que eu faço para matar alguém que esta iva e é imortal? Alguém que habita passado,presente e futuro? O que eu faço para controlar as punhetas desvairadas das madrugadas? O que eu faço para não beber durante os dias e amargar ressacas no Jornal Nacional? O que fazer para fugir das obsessões literárias e dos problemas financeiros? Viver como nababo ou franciscano? Foder cú ou buceta? Matar o tempo ou políticos em férias? Viver sobre a batuta de Sartre ou de Pedro de Lara? Amar a matriz ou a filial? Ter esperança ou só cultivar o desepero? Ter respostas ou abandono? Não sei não...

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